O governador Cid Gomes afirmou, na noite de ontem, que a saída de seu
irmão e ex-chefe de gabinete, Ivo Gomes, do cargo no Executivo estadual
foi decisão pessoal de Ivo por estar “cansado”. “Tinha muita tarefa nos
ombros dele”, disse o governador, após desembarcar no aeroporto Pinto
Martins.
De acordo com Cid, antes de comunicar que
deixaria o cargo, o ex-chefe de gabinete reclamou da falta de tempo para
se dedicar à família e à saúde. Cid disse ainda que Ivo está “com
saudades do parlamento”. No mesmo dia em que o ex-chefe de gabinete
deixou o cargo, os secretários petistas Camilo Santana, Nelson Martins e
Francisco Pinheiro foram exonerados do Governo para voltar ao
legislativo estadual. Mas a situação deles é diferente.
“Eles
saíram para ficar disponíveis. (...) Vou fazer o que estiver ao meu
alcance pra encontrar um nome que facilite a relação”, disse o
governador, sobre a aliança entre o PT e o PSB.
Questionado
sobre a possibilidade de ruptura, Cid afirmou que, se isto se confirmar
este ano, pode não significar um rompimento definitivo entre os dois
partidos. “Fortaleza é muito emblemática. Não creio que, se não tiver
aliança aqui, estejam rompidos os laços”, desconversou.
Em
reunião com o governador em Fortaleza, o presidente nacional do PT, Rui
Falcão, teria sugerido um acordo entre as duas siglas: enquanto o PSB
apoiaria o candidato petista à Prefeitura, os socialistas teriam o apoio
do PT na disputa pelo governo do Estado em 2014.
Em encontro
hoje com Cid, o PSB poderá decidir se dará ou não apoio ao candidato
petista. No entanto, o governador não garantiu se hoje será anunciada
uma posição definitiva.