Projetos para aumentar a punição aos corruptos aguardam votação na Câmara e no Senado há quase uma década
Apesar de a fragilidade da legislação ser apontada como um dos fatores que contribuem para a corrupção no País, projetos de lei que visam ampliar a punição aos corruptos e a fiscalização sobre os gastos públicos permanecem estagnados no Congresso há quase uma década. Parlamentares cearenses admitem a dificuldade para aprovar matérias sobre o tema, mas defendem que o Brasil começa a vivenciar um momento político que pode acelerar as soluções.
Nos últimos nove anos, vários pacotes anticorrupção foram apresentados tanto na Câmara quanto no Senado com o objetivo de combater os crimes contra a administração pública. Motivada pela veiculação de esquemas de desvio de verbas, a maioria das propostas segue sem entrar em votação nas duas Casas.
A queda de pelo menos seis ministros por suspeita de envolvimento em crime contra o erário, no ano passado, motivou o retorno da discussão sobre o tema no Congresso. O senador Pedro Taques (PDT/MT) apresentou mais de trinta projetos, ao que ele chamou de pacote anticorrupção, para aumentar as punições a corruptos e a transparência da gestão pública.