quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

POLITICA E PARA PROFICIONAL

Quem é a referência de oposição em Fortaleza? Pois é, tal questão permeia toda e qualquer análise acerca da política e da sucessão na Capital cearense.

As análises então partem do seguinte pressuposto: não há em Fortaleza uma oposição organizada, coesa e partidária que dignifique o nome.

Não há na cidade uma referência com dimensão pública facilmente identificável pelos eleitores como opositor de Luizianne Lins e da proposta administrativa por ela encabeçada.

Atentem para a lista de candidatos até aqui exposta ao distinto público. O mais conhecido é Heitor Férrer (PDT) o deputado estadual que, como ele mesmo diz, se recusa a ser “deputado municipal” e pouco foca a gestão de Fortaleza. Heitor tem lá suas razões.

Outro político que se coloca como candidato é o tucano Marcos Cals, um sem-mandato com pouca voz para ser ouvido pelas massas e montado em um partido que perde força a cada dia.

No mercado político, fala-se muito na candidatura de oposição do advogado onguista Renato Roseno. Seu maior problema é ser candidato pelo nanico Psol. Na campanha, terá que gastar seus poucos segundos para repertir bordões, embora se trate de um personagem com leitura suficiente para dizer mais.

Quem são os outros? Há um ou outro vereador se colocando como candidato. Aparentemente, políticos de fôlego baixo por não terem partidos e articulação social que lhe permitam algo mais.

Falam no Capitão Wagner, o líder do motim. Mas, pensem bem, há chances para um nome que deixou a população apavorada e a economia da cidade engessada? A tendência é que ele se transforme em um político representante de corporações.

É por essas e por outras que, ao tratar da sucessão em Fortaleza, recaímos no mesmo argumento: quem vai ditar o ritmo e a dinâmica do processo é a continuidade ou o fim da grande aliança que junta o governador e a prefeita.

Portanto, essa história só começa a ser oficialmente escrita após definida essa questão.

O fato é que, até aqui, os dois lados continuam querendo a mesma coisa. Os dois querem manter a aliança, que não passa de um casamento eleitoral. Para isso, aceitam engolir até aversões pessoais.

É, realmente a política é coisa para profissionais.